Perguntas frequentes da Umbanda (respondidas por Mãe Nazareth)
- Os caboclos, quando incorporados nos médiuns de umbanda, falam a língua tupi-guarani?
Resposta:
Os Caboclos, incorporados nos médiuns de Umbanda, transmitem aos consulentes suas mensagens na língua do médium. Se o médium é descendente de índios e traz em sua memória os dialetos usados pelos seus ancestrais ou, ainda, se estudou tupi-guarani, seus conhecimentos irão ajudar o Caboclo, caso este precise se comunicar com outros índios encarnados, o compromisso dele é comunicar-se na língua do povo onde ele se encontra.
Os médiuns da Umbanda, obrigatoriamente, não trabalham somente com índios brasileiros, mas também com espíritos indígenas que viveram em muitas partes do mundo.
Os Caboclos, assim como os Ciganos, podem ou não falar em sua língua ancestral. Naturalmente, os espíritos têm na memória espiritual as línguas faladas nos países onde eles estiveram encarnados, mas a ordem espiritual é: falar na língua de Zambi (Deus) é falar na língua do povo do país onde ele foi designado para trabalhar.
Há criaturas ignorantes que tentam exigir dos Guias coisas impossíveis, assim como: se o senhor é Cigano, fale em sua língua! Entendam, que se ele "incorporar" em um médium cigano, conhecedor da língua e se estiver se dirigindo ao Povo Cigano, com toda certeza, ele utilizará a língua cigana para se comunicar, mas se o médium é brasileiro a língua que o Espírito utilizará será sempre o português, mesmo porque o consulente, que desconhece o romani, não entenderá nada, assim como o médium, que desconhece a língua, não terá condições de transmitir a mensagem recebida. Sabem por quê? Simplesmente porque o médium é uma antena, que capta apenas o que pode transmitir e assim, não podemos exigir do Guia aquilo que o seu médium não pode lhe oferecer. A Entidade Espiritual vem com tanta humildade servir nos Templos e a ignorância de alguns nos envergonha diante deles.
Quer colocar à prova a veracidade do Guia? Ouça os seus ensinamentos, preste atenção em sua forma de falar e de agir diante dos irmãos presentes.